O ano preocupa com 74 mortes violentas registradas; 140 tentativas de homicídios, 523 assaltos, roubos ou furtos e 1.595 prisões.
Dados que fecham o semestre na segurança pública mostram duas situações distintas e que preocupam. Se por um lado cresce o número de ações criminosas com 523 assaltos, roubos e furtos, 74 mortes violentas e 140 tentativas de homicídios. Em contrapartida, as policias se mostram mais eficientes registrando neste semestre, 1.595 prisões contra 1.677 em doze meses do ano passado.
Nos últimos meses, empresas de bairros, especialmente postos de combustíveis, farmácias e mercados foram os alvos dos ladrões. Até mesmo bairros considerados seguros como o do Maria Luiza que tem segurança comunitária, convive com registro de roubos em comércios. No Guarujá, roubos em residências com violência e tiros contra moradores e assaltos a mercados aumentou. O crime ganha proporção apesar da ação mais presente e constante das policias da cidade.
Tanto a sociedade, quanto lideranças e até mesmo os organismos responsáveis pela segurança estão preocupados e buscando alternativas para melhorar pelo menos, a sensação de segurança. Em síntese, A segurança continua a pedir socorro na grande Cascavel.
Se a totalidade das prisões efetuadas pela Polícia Militar durante o primeiro semestre do ano (um total de 1595), realmente fossem efetivadas, os três presídios da cidade PIC, PEC e Carceragem da 15ª SDP não seriam suficientes para abrigar a todos (as três unidades prisionais somadas comportam hoje 1.120 detentos).
As estatísticas que recentemente foram apresentadas pelo comandante do 6º BPM durante encontro sobre segurança demonstra que mesmo sem um aumento significativo da quantidade de policiais no órgão, a comparação entre o número de prisões teve um acréscimo, pois durante todo o ano de 2010, foram presas 1677 pessoas enquanto que apenas nesses primeiros seis meses do ano em curso, 1595 foram levadas para a 15ª SDP para algum procedimento.
Que adentraram a carceragem efetivamente presos, foram 933 pessoas, entre flagrantes ou mandados judiciais, sendo que o restante, cuja autuação não exige prisão cautelar, obriga da mesma forma atuação policial, tanto por parte da Policia Militar quanto Civil, pois se trata de Inquéritos instaurados e em tramitação ou ainda de Medidas Disciplinares como termos circunstanciais.
Segundo o tenente coronel Hartmann, comandante do 6º BPM, esta presença policial independe da seqüência das punições criminais, pois a ação do órgão é de prevenção e até mesmo combate em caso de flagrantes ou cumprimento de Mandados Judiciais e em assim sendo, a condução do detido até a presença da autoridade policial é feita e considerada efetivada, e a instauração da medida punitiva é de competência do policiamento judiciário, como a policia civil e do Ministério Público que é responsável pela denuncia contra os então processados.
Debate reúne conselhos, lideranças e comandos das polícias
Um encontro coordenado pelo Conselho Comunitário em conjunto com o Conselho de Segurança reuniu neste mês no auditório da Câmara de Vereadores, mais de 140 pessoas, grande parte de diretorias das associações de moradores e conselheiros comunitários (89 no total), expressiva representatividade de entidades, conselhos e organismos comunitários, representantes da vida política vereadores, deputado e secretários e imprensa.
Diante de comandantes da Policia Civil, da Polícia Militar e outros organismos da segurança pública (Cettrans, Segurança Patrimonial, Corpo de Bombeiros, etc), esteve em debate, a Segurança Pública e a Participação Comunitária. "Foram três horas de exposição de trabalhos, preocupações e troca de informações entre as lideranças dos bairros e os comandos das polícias civil e militares com objetivo de aproximação e busca de alternativas para que a segurança avance com a participação da sociedade", disse a presidente do Conselho Comunitário, Ivonete Krezeinsky. Nos próximos dias, os conselheiros devem elaborar um documento sobre as propostas deste encontro visando a seguência dos trabalhos.
Para o delegado chefe da 15ª Subdivisão Policial, Paulo Roberto Machado, a integração entre os órgãos de segurança com a comunidade é essencial. “Segurança pública não se faz só com polícia. A população é um assistente nesse processo. Não tem como fazer uma segurança adequada sem a participação popular. Ninguém melhor do que os moradores do local para informar e dizer qual é o problema ou a dificuldade”.
"A Polícia Militar busca dar uma resposta para que os crimes não fiquem na impunidade”, explica o comandante do 6º Batalhão de Polícia Militar, tenente-coronel, Edson Hartmann de Oliveira. O comando da PM destaca que a Policia Militar esta com sua demanda reprimida diante do crescente volume de ações, mas que esta atuante e presente e que deseja maior parceria com as lideranças comunitárias para que a sociedade tenha maior sensação de segurança.
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